quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dia dois de fevereiro...


...dia de festa no mar!!!

Foto: Diane Portella

eu quero ser a primeira a saudar Iemanjá!
Caymmi


"Estou arrumando..." - série bagunça interna.



em meio a recortes, páginas de caderno arrancadas, rascunhos, anotações de aulas que me fizeram ir além, cartas, textos, lembretes, LISTAS LISTAS E LISTAS, cartões, fotos, telefones anotados sem nome...

"rolinho com tinta, experimentar em tecido"

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

confie nelas...

"Estas são suas asas, confie nelas."

Me disse ela pressionando suas mãos sob minhas costas, enquanto eu expirava todo o ar que tinha nos pulmões.

O ar velho, o ar que ficou de tempos atrás.

De vez em quando é importante expirar até não poder mais,
e ainda assim soltar mais um pouco de ar.

Saí dali renovada.
Ainda tinha viva em meu corpo a dança feita há minutos atrás.
E ela permanecerá em mim.

O lugar onde ela tocou é um lugar que eu sinto dores com frequência.
Certa vez uma pessoa me disse que eu era um anjo e o que me dói é a ausência das asas...

Agora eu reencontro as asas, resignifico-as...

Que venham novos ares.
Buenos Aires.
Estou chegando.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Estou arrumando..." - série bagunça interna (eterna?)

A bagunça continua.
Ela vai e volta, na verdade.
Uma hora ela se vai! (?)
Falo da urgência da organização do ambiente ao meu redor.
Neste caos não dá!
Não falo de baguncinhas diárias, falo de catástrofes, de verdadeiros furacões que passam espalhando roupas, livros, cds ("cedêres") e tudo o mais que vier pela frente!

Falo de cenas (verídicas) como:

Uma pessoa entra no quarto, pisa num cd importante de dados que não dá mais recuperar e quebra.

ou

eu na milésima tentativa de organizar, acano pisando em um brinco e este fica enfiado no calcanhar...

Isso lá é vida? Tem que andar com um mapa do tesouro pra chegar de um quadradinho de madeira a outro...mas será possível????

domingo, 12 de dezembro de 2010

bonequinhos de chuva


Chuva é abundância!
E foi abundância de público n'O Corpo Perturbador!

Mas não custa nada, garantir que São Pedro vai dar a trégua né? (Embora reconheça o trabalho maravilhoso de pirotecnia da estréia... arrasou, Pedro!)

Então aderi aos bonequinhos de chuva*, que conheci através de Du....

tudo bem que o meu ficou mais parecendo baianas de acarajé de chuva, mas ficou lindo! (e funcionou!)

viva O Corpo!


* os bonequinhos de chuva são aqueles "do criança esperança" que fazemos de papel, e aí coloca na janela para a chuva ir embora!

Das pequenas coisas I



Chá Yoguitea e infusor de coração da marca Tealosophy de Inés Berton (Argentina)


1. Aprendendo a saborear um chá feito por mim.
Da vontade ao esquentar a água.
Da escolha da xícara ou caneca ao sabor...
Ver a água mudar de cor, sentir o aroma...
Saborear.
De tudo isso fazer um ritual de preparação interno,
uma meditação.
Estou aprendendo...



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

êxtase...



Choro contigo barco
Pela praia que deixas
Pelo sol que se deita
Longe das pedras do cais
Choro contigo barco
Amanhã talvez não chore mais
Choro meu choro parco
Neném que a mãe não mais aleita
Choro a caça que espreita
Bem perto a mira do algoz
Choro catarinetas
´manhã alguém chora por nós
Choro saber que
Os açudes não são o mar
Que não se pode guardar
Em alguidares de areia
Choro o destino das sereias
E o desatino do astrolábio
Choro saber que o homem sábio
Pode morrer se não souber nadar
Choro contigo e parto
Nas ondas vagas incertas
As nossas velas abertas
São ferramentas do caos
Chore comigo barco
A sina de todas as naus





Oxum!






Ora iê iê Oxum!







....

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Pertubações na madrugada


E agora…nua, sentada no banco da cozinha, cheiro de lavanda, coluna torta para a esquerda, último comprimido de Valeriana tomado, escutando uma seleção de Jazz que fiz agora há pouco, depois de um dia atípico de arrumação intensa da hora que acordei até agora sem pausa que não seja para comer, eu me pergunto:
O que me perturba no Corpo Perturbador?
Será que vou acordar meses depois da estréia vomitando tudo que vivi?
De súbito tudo virá a tona?
Como pode esse filho recém-nascido tocar na minha imensidão íntima desse jeito?
Mas é um toque pra baixo, profundo.
“Mergulha…” – me diz entre dentes.
E também me diz aos berros.
E me diz numa língua que nem sei…
e me diz aos saltos e chicoteios.
Me diz do alto e também ao rastejar.
E me grita se batendo em seus próprios limites.
Me intimida com olhares que vagam dias na minha imaginação…
E que me deixa com medo, pavor, alegria, tesão, ansiedade, alívio, paz, loucura, contentamento, devaneios, euforia, euforia e euforia mais três vezes, e me faz SENTIR.

Eu sei que eu sinto, mas…

Me aco(r)de, Corpo!




... e eu aprendendo a ouvir Jazz ao som de Duke Ellington. Do dia 5 de dezembro de 2010

Bendito seja!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Do blog amigo...

QUARTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2010

PARECE QUE VAI CHOVER ou melhor CHUVA DA INDONÉSIA

" E exatamente então ela ouve alguma coisa. Uma coisa tambem seca, que a deixa ainda mais seca de atenção. É um rolar de trovão seco, sem uma saliva, que rola, mas aonde? No céu nu e absolutamente azul nenhuma nuvem de amor que chore. Deve ser de muito longe o trovão. Ao mesmo tempo o ar tem cheiro adocicado de elefantes grandes, e de jasmim adocicado na casa ao lado. A Índia invadindo o Rio do Janeiro com suas mulheres adocicadas. Um cheiro de cravo de cemitério. Irá tudo mudar tão de repente? Par quem não tinha nem noite, nem chuva, nem apodrecimento de madeira na água - para quem não tinha senão pérolas, será que a noite vai chegar? Vai ter madeira enfim apodrecendo, cravo vivo de chuva de cemitério, chuva que vem da Malásia?"








CLARICE LISPECTOR, Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres



... uma aprendizagem ou.... ficar sem palavras uns tempos, ficar cheias de palavras presas no umbigo, ou pelos nós da garganta... ou ficar úmida úmida úmida nos olhos, cabelos boca pés boca de novo. úmida de vida que vai brotando... e um grito que começa como um roncar de estômago e vai vibrando o corpo, e vibrando ....
e será que vai sair? quando? sei lá, sei lá...
é, a vida tem sempre razão.

(e o galo canta. ele está berrando, na verdade.)